Mergulho nas suas palavras e busco respostas que espero que você me diga
Tento subtrair cada sílaba sua para nunca mais esquecer
E volta e meia digo o que queria ouvir de você
Nossas prosas são raras e caminham para o desconhecido
Que nunca sei como vão terminar, mas pra isso eu nem ligo
Pois a única certeza que eu tenho é que o melhor ainda está por vir
E em se tratando de você, o imprevisível sempre me faz sorrir
Pingam letras para fora do texto, tamanho é o entusiasmo
E sobra ainda mais assunto pra te convencer a ficar do meu lado
Mas todo assunto há de ter um ponto final pra mim
Porém você sempre os encerra bem antes com o seu "enfim..."
É bem verdade que eu já me acostumei e adoro quando você fala
E junto com o seu "brigadinha", isso se tornou sua marca
E só mesmo aos poucos é que vamos conhecendo as pessoas e as entendendo
E foi em tão pouco tempo que você também foi me compreendendo
Disse uma vez que adoro falar contigo e é sempre muito bom
Pois até em momentos ociosos você ainda atura o som do meu violão
E ao me ouvir cantar ainda diz que arrasei
E aí que eu entro com o meu "sei..."
O bom é que dessa forma conseguimos nos entender
Um fala a língua do outro e às vezes deixamos subentender
"Enfim que eu sei" ou "eu sei que enfim"?
Que seja... O importante é que você é especial pra mim!
Daniel de Araujo Dutra
24/12/2009