sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Múltiplas Cores

















Até onde podemos ir?
A pergunta que nunca poderia ser respondida a ninguém
Porque limitaria o alcance da mente e da imaginação

Não saber até onde se pode chegar é o que move os diferenciados
Quem se inspira no sucesso não vê barreiras, vê degraus
E a persistência é o único objetivo

Chegar a algum lugar não é o mais importante
O que realmente é mais relevante é o próximo desafio
E a cada vez que se supera, busca algo novo para desbravar

O que buscamos nessa vida?
Tem gente que morre sem nunca ter se respondido isso
A resposta está dentro de cada um, bem escondida

Os lugares, os ambientes e as pessoas nos fazem questionar quem somos
Não vivemos apenas uma vida, mudamos de acordo com as mudanças
E essa inconstância nos faz sermos muitos, de várias faces

Cada personagem que representamos é para lidar com alguém
Muitos até gostam do disfarce
Mas nós mesmos não sabemos qual é o que nos agrada

E toda essa nossa versatilidade só serve para nos confundir
Nos distancia cada vez mais de descobrir quem realmente somos
E nos perdemos num enorme teatro, onde somos vários personagens

Uma coisa é certa: somos como os camaleões. Qual a cor de hoje?
Se a vida nos dá opções e mesmo assim as coisas não parecem fáceis
O jeito é mudar, reinventar. Ser de múltiplas cores, até encontrarmos todas as respostas


Daniel de Araujo Dutra
14/09/2012


Foto de Alan Morici
Jornalista e Fotógrafo profissional sob o registro no MTB 57.719/SP
Portfólio Fotográfico: http://alanmorici.multiply.com/ e http://alanmorici.com/
Blog: http://jornalismodigital.spaceblog.com.br/
Facebook: http://pt-br.facebook.com/people/Alan-Morici/100000408140903
Twitter: @AlanMorici

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Ao infinito e além



















O destino é singular
Mas nossas escolhas não
Nossa sina talvez possa ser eterna
Porém, todo buraco tem um chão

É preciso sempre olhar pra frente
Mesmo quando não há horizonte
E quando o coração mandar correr o risco
Não hesite em cruzar a ponte

Não podemos nunca deixar de sonhar
Pois nossa alma é alimentada pela fé
E a vida nos ensina que só caímos
Para aprendermos a ficar de pé

É difícil entender tudo o que nos acontece
Mas é fácil julgarmos a nós mesmos
E raramente questionamos os bons momentos
Nos preocupamos mais com o que não temos

Nem sempre os raios de sol são visíveis
Às vezes as nuvens demoram a passar
Mas na vida de cada um, com ou sem sol
Sempre haverá uma manhã para recomeçar

O destino de todos pode ser alterado
São as escolhas na vida que dão a direção
Mas só quem acredita e insiste
É que descobre e vai em busca de completar sua missão

E a caminhada não pode parar não!
Ainda tem muita coisa por vir
E o que há dentro desta caixa chamada Futuro
É o que juntos vamos descobrir


Daniel de Araujo Dutra
02/08/2012

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Ao léu


















Ah, não sei o que há
Aliás, nem ao menos sei se há
E se há, por favor, me explique
Pois não entendo

Onde estou?
Piso sempre em novos territórios
Coloco-me à disposição
Mas não enxergo sentido

O tempo vai passando
E as memórias se vão
Que caminho estou seguindo?
É tudo tão automático

Não tenho mais razão
Concordo com tudo e com todos
A maré me leva
A maré sempre me levou

Não sinto mais o gosto da comida
Não percebo as palavras
Não dou valor a mim
Não me reconheci ontem ao espelho

Me perdi nas mudanças
São muitos cacos espalhados
E desde sempre uma dúvida:
Quem sou eu?


Daniel de Araujo Dutra
20/07/2012


Foto de Alan Morici
Jornalista e Fotógrafo profissional sob o registro no MTB 57.719/SP
Portfólio Fotográfico: http://alanmorici.multiply.com/ e http://alanmorici.com/
Blog: http://jornalismodigital.spaceblog.com.br/
Facebook: http://pt-br.facebook.com/people/Alan-Morici/100000408140903
Twitter: @AlanMorici

quinta-feira, 12 de abril de 2012

O AUTOR
















Não há como resistir
É só vê-la parada perto de um papel
Que a mão logo coça
E milhões de ideias começam a surgir
É quando o papel vira confidente
E a tinta torna-se palavras

Inicia-se então uma conversa em silêncio
Um desabafo sobre linhas
O momento a sós entre o autor e o papel

E por meio da caneta
Surgem as mais improváveis palavras
Aquelas que a boca não diz
Ou não tem coragem de dizer

Assim, o texto vai ganhando corpo
E o corpo vai ganhando alívio
O derramamento de tinta é sangue...
...é suor, é lágrima

Cada frase é um grito de redenção
Os detalhes são coisas que só o autor viu
E cada drama exposto, é só o que ele sentiu

Não há crítica cabível à obra
Nem mesmo julgamento de conduta do autor
Não é pra amar ou detestar
É para apenas ler

O texto tem vida!
E reflete os mais profundos sentimentos de um ser
Um ser que concentra em seu texto toda magia, loucura e criatividade de sua mente
Que revela ao leitor todas as suas fraquezas, ideias e superações

O texto é o refúgio do autor
É aonde ele encontra espaço e liberdade para descrever seus sonhos
É o lugar onde compartilha e toca o coração das pessoas
É onde se esconde, se perde e se reencontra

O autor pensa e escreve
Seu texto nasce e amadurece
O autor acha que se conhece
Mas na verdade...
...é o texto que o descreve

Daniel de Araujo Dutra
12/04/2012