quinta-feira, 11 de junho de 2009

Só aquilo que se sente faz sentido


É como se o tempo parasse
Num momento único e mágico
Um sussurro no ouvido
E nada mais precisa ser dito

É quando os olhos se fecham
Os corpos se aquecem
As bocas se encostam
E as almas se despem

A sensação é de bem-estar
E a imaginação ganha asas
Onde tudo torna-se natural
E o espírito arde em brasas

As mãos surgem sensíveis
E o mais leve toque é capaz de arrepiar
Deslizam pelo suor ainda discreto
Sendo impossível de controlar

Um olhar corresponde ao outro
Não há como negar os sentimentos
As reações dispensam as palavras
E nada mais importa neste momento

É o ápice do desejo
E a realização do instinto
Onde o calor humano prova
Que só aquilo que se sente faz sentido

Daniel de Araujo Dutra
11/06/2009