quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Dias alados de cavalos calados

















Porque os dias nascem e morrem todos os dias
Porque vivemos um dia de cada vez
Porque tudo acontece muito depressa
E demora a chegar nossa vez

Porque o tempo não espera
E não podemos perder tempo
E nem o tempo da perda
E o poder da espera

Porque os dias voam
E o filme da vida passa
E diante à realidade
A nossa imaginação cria asas

A selva de concreto nos cobra
Evoluímos por meios próprios
O trajeto é um teste de sobrevivência
E tudo só está começando...

A casa pede atenção
A boca pede comida
O corpo pede descanso
E a mente, calmaria

E a noite é curta
Despercebida
Um fardo
Que antecede todos os dias

A vida de cada dia está nos dias
A noite é lamento
E a rotina consome a alma
De um Pegasus que já perdeu suas asas

Daniel de Araujo Dutra
24/08/2010