sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Versos de outrora


Antes da palavra há o silêncio
Que pode não passar de segundos
Feliz daquele que consegue encontrar a palavra certa
No momento certo e oportuno

Só o tempo pode apagar
O que um dia foi dito por impulso
Regido pelo próprio coração
Ou por um sentimento oculto

A palavra quando é dita
Mesmo que pensada e vomitada
É como a flecha no arco de Tell
Não volta mais depois de atirada

Isso remete a uma afirmação
Que se cada um tem seu jeito
Na vida ou na morte
Ninguém será perfeito!

Agradar a todos é impossível
Agradar a tolos é desleal
Agradar a poucos é difícil
E agradar a mim é surreal

Nem sempre a compreensão
Estará clara e desenhada
As palavras mentem o seu sentido
E indicam a direção errada

Nossa mente cria asas
E se rende à voz do coração
Que sempre é mais sentimento
Do que pura e sensata razão

Por isso não interprete mal os meus versos
Pois o meu sentimento ainda é o mesmo
E enquanto busco alguma habilidade com as palavras
É em VOCÊ que eu ainda penso

Daniel de Araujo Dutra
26/11/2009

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