Daqueles que brilham quando a luz se apaga
Fazendo-me acreditar que são estrelas de verdade
E que o escuro das paredes também é a imensidão do universo
Quem disse que não posso ter um céu estrelado dentro do meu quarto?
Quem disse que não posso sonhar acordado olhando para essas estrelas?
No meu quarto há sim uma constelação de mentirinha
Mas que ao deitar-me tornam-se reais no silêncio da minha imaginação
Que me leva aos pensamentos mais impossíveis
Dizendo-me que posso chegar aonde bem entender
E que nada tem força maior para impedir-me de ser... eu, apenas eu
Às vezes passo o dia inteiro esperando por esse momento
A hora em que posso admirar a minha própria galáxia
Com estrelas organizadas da forma que eu mais gosto
Mas que todas as noites parecem se mover
Numa dessas noites, enquanto viajava pela minha meditação
Como efeito de magia, vi passar um cometa por entre as estrelas
E ele costurava-as de uma forma tão linda e cintilante
Que parecia não querer apenas passar
Dava a entender que gostaria de permanecer, e fazer parte do meu mundo
Logo percebi que se tratava de um cometa especial
Era exatamente o que faltava para o meu céu ficar completo
Logo permiti que ficasse, um cometa que brilha mais que a Lua
Que vaga pelo céu do meu quarto, indo e vindo, envolvendo cada estrela
Deixando um rasto de harmonia e sutileza
Um cometa que tem o poder de agradar a todos com seu brilho próprio
Que nunca mais vou deixar partir
Porque mesmo que o céu lá fora esteja limpo
O meu estará sempre brilhando
Talvez um sonho...
Algo sem explicação...
Leve delírio...
Insônia pesada...
Talvez seja mesmo real...
Adoro quando isso acontece...
Daniel de Araujo Dutra
02/01/2010
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