Não há como resistir
É só vê-la parada perto de um papel
Que a mão logo coça
E milhões de ideias começam a surgir
É quando o papel vira confidente
E a tinta torna-se palavras
Inicia-se então uma conversa em silêncio
Um desabafo sobre linhas
O momento a sós entre o autor e o papel
E por meio da caneta
Surgem as mais improváveis palavras
Aquelas que a boca não diz
Ou não tem coragem de dizer
Assim, o texto vai ganhando corpo
E o corpo vai ganhando alívio
O derramamento de tinta é sangue...
...é suor, é lágrima
Cada frase é um grito de redenção
Os detalhes são coisas que só o autor viu
E cada drama exposto, é só o que ele sentiu
Não há crítica cabível à obra
Nem mesmo julgamento de conduta do autor
Não é pra amar ou detestar
É para apenas ler
O texto tem vida!
E reflete os mais profundos sentimentos de um ser
Um ser que concentra em seu texto toda magia, loucura e criatividade de sua mente
Que revela ao leitor todas as suas fraquezas, ideias e superações
O texto é o refúgio do autor
É aonde ele encontra espaço e liberdade para descrever seus sonhos
É o lugar onde compartilha e toca o coração das pessoas
É onde se esconde, se perde e se reencontra
O autor pensa e escreve
Seu texto nasce e amadurece
O autor acha que se conhece
Mas na verdade...
...é o texto que o descreve
Daniel de Araujo Dutra
12/04/2012
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